Igreja e Convento do Pópulo

Igreja e Convento do Pópulo

A construção do convento do Pópulo teve início no ano de 1596, por iniciativa do Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus que pretendia dispôr de um local condigno para a sua sepultura, reservando para tal a capela-mor da futura igreja de Nossa Senhora da Consolação, que concedeu, juntamente com as dependências conventuais, aos religiosos da sua própria Ordem, os Eremitas de Santo Agostinho.
 



Praça Conselheiro Torres Almeida 113, 4700-435

Braga

Descrição

O edifício resultante desta primeira campanha de obras é o que ainda hoje conhecemos, apesar das muitas alterações que o século XVIII lhe impôs. Na realidade, a igreja denota uma estrutura arquitectónica maneirista, apresentando nave única (com endonartex), coberta por abóbada de berço com caixotões de pedra, com três capelas laterais intercomunicantes, alçados internos de dois registos separados por friso e ritmo marcado por pilastras com capitéis da ordem toscana, e capela-mor profunda, com tecto em caixotões. Todavia, a intervenção barroca veio conferir uma outra dinâmica a este espaço, tirando partido dos altares e sanefas em talha dourada e da sua conjugação com os brilhos azuis e brancos dos azulejos que revestem a totalidade das paredes. Todos os retábulos correspondem ao denominado barroco pleno ou estilo nacional, à excepção do de Nossa Senhora das Dores, que incorpora já elementos neoclássicos e é, tal como o de Nossas Senhora da Conceição, atribuído ao entalhador bracarense, Marceliano de Araújo (FERREIRA-ALVES, 1989, p. 38). Uma situação que se repete no retábulo-mor, onde é evidente a conjugação de uma linguagem rococó e neoclássica na ampla estrutura dourada e policromada que enquadra, na tribuna, a imagem de Nossa Senhora do Pópulo.

Por sua vez, os azulejos ilustram diversas temáticas, de acordo com a invocação do local onde se encontram. Na capela-mor, os painéis aludem a episódios da vida de Santo Agostinho (c. 1730); na capela da Santíssima Trindade representam a VerónicaeMoisés e a serpente de bronze;nas capelas aludem a episódios da vida dos santos a quem estas são dedicadas; na entrada novamente referências à vida de Santo Agostinho; na antiga capela de Nossa Senhora da Penha dois episódios relativos a procissões onde figura a bandeira da Ordem e, por fim, no registo superior das paredes da nave, 16 santos da Ordem. Merece especial referência um painel da capela de Santa Apolónia por estar assinado por António de Oliveira Bernardes, a quem se atribui igualmente o revestimento da capela de Santa Rita (SIMÕES, 1979, p. 99; MECO, 1986, p. 224).

Fonte: https://www.cm-braga.pt/


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Praça Conselheiro Torres Almeida 113, 4700-435 Braga

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