Arte Cultura e Religião


 

PICADEIRO DEL'REY

 

TORRE DO RELÓGIO DE ALMEIRA

 

PORTA DE SÃO FRANCISCO

 

RUÍNAS DO CASTELO DE ALMEIRA

 

PORTA DE SANTO ANTÓNIO

 

PRAÇA ALTA

 

BLIBLIOTECA MUNICIPAL MARIA NATÉRCIA RUIVO

 

CÂMARA MUNICIPAL DE ALMEIDA

 

QUARTEL DAS ESQUADRAS

 

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL E PREDIAL

 

ORATÓRIO DA PRAÇA DR.CASIMIRO MATIAS

 

ROTEIRO (PELA ESTRELA FORTIFICADA)

No recorte do horizonte, surge o encadeamento da muralha da fortaleza. O baluarte representa um símbolo sempre presente na memória das gentes de Portugal. Num concelho onde o planalto une o céu e a terra, partimos à descoberta da terra das gentes da raia numa alma grande até Almeida…

Desde cedo a situação estratégica de Almeida serviu de pano de fundo à fixação da população por entre todas as vicissitudes da história. O território do concelho reparte-se entre as planuras e as profundezas do vale do rio Côa. Os vestígios da ocupação humana perdem-se na pré-história. Contudo, a maior visibilidade de testemunhos marcam-se a partir de um facto incontornável: a localização estratégica do lugar. É inevitável fazer uma abordagem histórica do topónimo “Almeida” sem passarmos pelas referências muçulmanas. Para alguns historiadores, a palavra deriva do árabe “al meda” ou até “talameyda” que significava “mesa” numa clara alusão ao território planáltico do lugar. Para outros, a palavra deriva de “atmeidan” que significaria “campo” ou “lugar de corrida de cavalos” uma atividade tão comum por entre o povo árabe.

Almeida foi sempre marcada por uma história de consolidação de territórios. Desde sempre foi ponto de contenda territorial mas a grande afirmação histórica tem início durante a Reconquista Cristã. O lugar deveria ter sido tomado aos mouros, pela primeira vez, por D. Fernando Magno de Castela em 1039. Sem dúvidas históricas foi a tomada de Almeida pelo rei D. Dinis em 1296 onde se incluem os territórios da margem direita do Côa. O território definido veio a ser confirmado pelo Tratado de Alcanizes tendo D. Manuel estabelecido o foral em 1510.

A vila de Almeida está rodeada por um polígono defensivo de forma hexagonal de muralhas que constituem um raro exemplar da arquitetura militar.

Da história da região ficam factos importantes que marcaram a individualidade do território e da nação de Portugal.

Para trás ficou a crise dinástica de D. Fernando e as guerras da Restauração tendo D. João IV reforçado a sua defesa. Na terceira invasão francesa, Massena cercou a praça em 1810. Almeida aguentou com valentia mas a explosão de um paiol desmoralizou o governador da praça Costa e Almeida que acabou por entregar a vila. Em 1811 Wellington sitia e retoma a praça. Durante as lutas liberais, o conde de Bonfim revoltou-se contra o ministério cabralista e refugiou-se na vila com outros revoltosos entre os quais José Estêvão. O barão da Fonte Nova pôs-lhe cerco fazendo-os capitular em 1844 exilando-se Bonfim em Espanha. É esta história que vai estar patente ao longo do percurso dividido por dois trajetos onde vamos encontrar alguns recantos plenos de simbolismo. Não se esqueça de passar pelo Turismo, magnificamente instalado nas portas de S. Francisco, onde poderá recolher preciosa informação de locais a visitar: a si de descobrir.

A primeira parte leva-nos às terras fronteiriças do concelho fazendo mesmo uma incursão em território espanhol. Na segunda parte, vamos descobrir um pouco do interior destas terras num trajeto que liga a aldeia histórica de Castelo Mendo a Almeida. Para o primeiro percurso, dirija-se à porta da muralha junto à Pousada de Almeida – Portas de São Francisco Almeida.

Coloque aí os km a zero. O trajeto é simples e sem qualquer tipo de dificuldades em termos de acidentado do percurso.

Logo a seguir à travessia da ponte romana, em Malpartida, vire à direita e prossiga pelo caminho principal. Quando chegar a Vale de Coelha, está quase a pisar território espanhol. É só atravessar a vau a ribeira de Toirões. Apesar de nunca levar muita água, tenha sempre cuidado… Pouco depois, vai entrar num estradão espanhol que convida a acelerar… Não caia em tentação até porque existe muito trânsito local. Já na parte final do percurso, vai circular por um caminho agrícola, asfaltado recentemente, onde mal cabe o carro… e que termina na bonita e antiga estação de caminhos de ferro de Vilar Formoso.

Na segunda parte do percurso, estamos de volta a Almeida. Mas vamos primeiro até Castelo Mendo para uma visita a uma das aldeias históricas da Beira Interior. Também aqui a memória do Estação dos Caminhos de Ferro de Vilar Formoso passado é rica. Saímos de Vilar Formoso pela EN 16 em direção à Guarda e depois de Castelo Bom, cuja visita também aconselhamos, e depois de passarmos o rio Côa, um pouco mais acima, encontramos o cruzamento que nos dá acesso à localidade. Castelo Mendo é uma vila antiga que espreita numa cintura de muralhas virada para o vale do rio Côa. Fundada por D. Sancho II em 1239, Castelo Mendo teria até passado para a coroa portuguesa, como dote da rainha Santa Isabel, em 1282. D. Manuel I renovou-lhe o foral em 1510.

Depois de entrarmos, podemos apreciar alguns exemplos conservados de um casario quinhentista, o pelourinho manuelino de gaiola e colunelos junto do largo a igreja de S. Vicente. A rua principal leva-nos até ao alto de Castelo Mendo onde pontifica a velha igreja matriz de estilo românico. De destacar a antiga feira de Castelo Mendo provavelmente a primeira feira portuguesa a ter uma periodicidade decretada por lei régia.

O percurso de regresso a Almeida não se reveste de qualquer tipo de dificuldade colocando-se os quilómetros a zero na saída das muralhas.

Perto do final, e depois de atravessar a ponte sobre o rio Côa, suba até encontrar o asfalto. Para a sua esquerda fica a Quinta da Barca, que poderá visitar, para a direita segue em direção a Almeida. Não os deixamos sem antes lhe recomendar bons pratos… Da gastronomia de Almeida destacam-se os pratos de caça, o arroz de lebre ou de coelho bravo, o cabrito assado ou a prova de alguns enchidos tradicionais. Para o final, arroz doce, requeijão e doce de abóbora, bola doce, tigelada e, claro está, uma famosa ginjinha.

Depois de entrarmos, podemos apreciar alguns exemplos conservados de um casario quinhentista, o pelourinho manuelino de gaiola e colunelos junto do largo a igreja de S. Vicente. A rua principal leva-nos até ao alto de Castelo Mendo onde pontifica a velha igreja matriz de estilo românico. De destacar a antiga feira de Castelo Mendo provavelmente a primeira feira portuguesa a ter uma periodicidade decretada por lei régia.

O percurso de regresso a Almeida não se reveste de qualquer tipo de dificuldade colocando-se os quilómetros a zero na saída das muralhas.

Perto do final, e depois de atravessar a ponte sobre o rio Côa, suba até encontrar o asfalto. Para a sua esquerda fica a Quinta da Barca, que poderá visitar, para a direita segue em direção a Almeida. Não os deixamos sem antes lhe recomendar bons pratos… Da gastronomia de Almeida destacam-se os pratos de caça, o arroz de lebre ou de coelho bravo, o cabrito assado ou a prova de alguns enchidos tradicionais. Para o final, arroz doce, requeijão e doce de abóbora, bola doce, tigelada e, claro está, uma famosa ginjinha.